crise dos 27 anos

A Crise dos 27 anos e como ela afeta a forma de ver a vida

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Eu sei que pode parecer bastante clichê, mas a crise dos 27 anos é algo que vai chegar pra todo mundo. Ironicamente, nem todo mundo tem a crise dos 27 aos 27, mas eu vou explicar as minhas teorias sobre isso e como podemos tentar sobreviver a isso.

A idade dos 27 é um número simbólico

E ela representa a mudança entre a vida de um jovem para o adulto. Não, eu não estou dizendo que até os seus 26 anos tá liberado fazer besteiras e culpar a adolescência, até porquê isso seria bastante imprudente da minha parte.

Mas com a chegada dos 27, um peso recai sobre as nossas costas. Já não somos mais tão jovens. Estamos mais próximos dos 30 do que dos nossos 20. E bastante coisa muda – ou deveria mudar – nas nossas vidas em 10 anos.

As responsabilidades e expectativas sobre a nossa vida são muito maiores quando estamos chegando aos 30 anos. E pode ser que a sua crise chegue muito depois dos 27, justamente por que nem todo mundo consegue enxergar as responsabilidades – e a vida como um todo – da mesma forma.

Ter um emprego bom, ou ao menos estar consolidado em um trabalho. Pensar em casar e ter filhos. Ver nossos amigos tendo bastante sucesso em suas carreiras, no amor, fazendo viagens etc.

Tudo isso recai sobre nós como um peso de ser alguém nessa vida.

Afinal, a brincadeira acabou. Até uns anos atrás poderiam dizer que você faz o que faz pois é um jovem adulto, agora não mais.

Como foi fazer 27 anos

Não querendo ser dramática – mas obviamente já sendo – eu imaginava que a minha vida acabaria aos 27.

Não, eu não quero copiar os famosos do clube dos 27. Até porque eu não sou famosa. Mas acredito que para muitos, o peso da idade e a consciência de que alcançaram algo e que não existe um “depois”, possa ter influenciado bastante.

Mas eu vivi uma vida difícil na qual nunca pensei no futuro. Talvez você não entenda a minha situação. Mas eu vim de uma vida onde eu precisava sobreviver, dia após dia.

Isso tomava tanto do meu tempo que eu nunca imaginei que teria um futuro para pensar.

E apenas sobreviver fez com que eu não pensasse em faculdade, trabalho… futuro como um todo.

Então eu tinha plena certeza de que eu nem estaria aqui pra contar essa história. Muito menos que eu estivesse praticamente casada, com um trabalho estável e pensando em um futuro, mesmo que tardio.

Eu ainda não completei meus 28 anos no momento em que escrevo este artigo.

As vezes, quando qualquer coisa me acomete – tipo uma gripe, uma dor em qualquer lugar do corpo – penso que é a hora. “É agora que eu vou embora, eu avisei à todos que não passaria dos 27”.

E por mais sombrio que isso pareça. Estava tudo ok pra mim.

Mas com o passar dos meses, a minha contagem regressiva para o final dos meus 27 – ou para o meu final – está chegando ao seu limite.

Penso que talvez a minha morte aos 27 não é literal e sim filosófica.

Fazendo uma retrospectiva dos últimos anos, percebo que aos 27 anos muita coisa mudou e praticamente todas elas foram para melhor.

Então, até o dia que este artigo foi escrito. Considero que a minha morte aos 27 seja a morte da antiga Fabiane. Até por que, muita coisa mudou e eu adoraria voltar no tempo e falar para a Fabizinha que tudo ficaria aceitavelmente bem.

O que é Clube dos 27?

Aproveitando que comentei sobre os famosos que morreram aos 27, decidi falar um pouco sobre o clube dos 27, forma que eles ficaram conhecidos.

O Clube dos 27 é um grupo de artistas e músicos que morreram aos 27 anos de idade. O nome foi cunhado devido ao fato de muitos artistas influentes terem morrido a essa idade.

Esses artistas têm sido considerados lendas da música e têm influenciado gerações de músicos.

A lista completa dos membros do Clube dos 27 inclui Brian Jones, Alan Wilson, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain, Amy Winehouse e muitos outros.

É uma questão geracional?

Estudando mais sobre o assunto, é possível atrelar esse sentimento de vazio existencial aos 27 anos com a geração que vivemos. Nós millenials, também conhecidos por geração Y, somos de longe a pior geração se considerado os que vieram antes e depois de nós.

Esse tipo de comentário daria um artigo completo para desenvolver melhor o assunto e, quem sabe um dia, eu sinta vontade de falar mais sobre isso.

Mas para resumir, os millenials passaram suas vidas em um limbo emocional proporcionado por pais da geração X, que eram muito mais abertos à ouvir e lidar com os sentimentos dos filhos do que a geração de Baby Boomers.

A geração X também era ótima em não impor limites e mimar seus filhos. Dando a eles tudo aquilo que não tinham com seus pais. Inclusive, foi na época da geração X onde o mercado financeiro estava a todo vapor. Facilitando compras de imóveis, desenvolvimento nos estudos e trabalho, por exemplo.

E assim nascem e crescem os “mimados” millenials que possuem dificuldades enormes em ouvir um não, sentem constantemente a necessidade de conhecer e aprender de tudo e com isso, não conseguem absorver ou se aprofundar em nada.

Sem contar que os millenials passaram por momentos históricos e políticos importantes que acabam moldando a forma como nos comportamos. Fazendo com que eles percebam o rombo gigantesco na economia, se comparem com seus pais que aos 30 anos já possuíam praticamente tudo em suas vidas.

E sim, eu estou levando em consideração o que outras gerações passaram em seus momentos históricos e políticos. Só ressalto que todos os acontecimentos fazem com que o comportamento das gerações mude. E a mesma coisa aconteceu com os millenials.

A falácia de muitos empregos e pouca mão de obra se mostrou uma grande mentira. A auto cobrança, síndrome do impostor, ansiedade em ser e pertencer e várias outras doenças acometem o millenial e possivelmente irão acometer também a geração Z.

Como lidar com a crise de idade?

Respirar fundo e tentar enxergar as coisas com um olhar racional é algo fácil de dizer, mas difícil de fazer. Principalmente em um momento de crise.

Mas pensando racionalmente, sabemos que nem todo mundo partiu do mesmo ponto de largada na corrida da vida. Alguns até tiveram vários incentivos a mais durante a sua corrida. Um tênis melhor, uma alimentação, pessoas empurrando e, as vezes, até uma carona de carro, helicóptero ou jatinho particular.

Metáforas a parte, o que estou querendo dizer é que comparar sua trajetória com a de outro é uma perda de tempo e gasto inútil de energia. Se todos estivessem com as mesma condições e um de nós ficou para trás, ai sim, os motivos de uma crise das boas seria plausível.

Talvez você perceba que ainda não é uma ferrari, mas também não é um fusquinha enferrujado.

Mesmo dizendo tudo isso, eu sei que você, assim como eu, vai precisar aprender a lidar com a frustração de não conseguir ser tudo que queríamos.

E para isso, as vezes é necessário pensar em tudo que você já alcançou. E mesmo que você diga que não conquistou nada até agora, eu sei que isso é mentira. Você definitivamente conquistou algo, sabe de alguma coisa, ou sabe muito sobre algum assunto. E isso já é alguma coisa.

Tentar ter planos para o futuro é ótimo, mas as vezes precisamos ser mais honestos com nós mesmos. Definir pequenas metas do nosso dia a dia pode ser um bom passo para começar a conquistar pequenos momentos de felicidade.

E sim, quando digo pequenos, são na verdade, metas minúsculas da nossa vida, mas que irão nos mostrar que somos capazes de pensar em, pelo menos, daqui 5 minutos da nossa vida.

Devagar e sempre. Este é meu lema!

Quando eu percebi que não teria como escapar da minha vida e que eu também não precisava apenas sobreviver, comecei a pensar o que eu poderia fazer comigo mesma. Tantas coisas que eu gostaria de estudar, saber, conhecer… Algumas coisas eu também consegui estipular como luxos desnecessários que eu via outras pessoas tomando como algo super importante em suas vidas, mas para mim não fariam a menor diferença.

Por ser uma pessoa que sempre adorou fazer listas e listas, eu comecei por ai a delimitar o que eu poderia fazer. E algumas listas foram inúteis ou inutilizadas conforme o tempo. Pois percebi que para atingir uma meta gigantesca, como comprar uma casa, por exemplo, precisaria de micro metas para serem atingidas.

Pode parecer muito louco tudo isso que eu estou falando agora, mas escrever em formato de lista me ajuda a entender onde eu estou agora e onde eu quero chegar. Mas principalmente quais são as estradas no meio desse caminho.

É tudo sobre a jornada, e não sobre o destino final.

Eu vivi ouvindo que “fulano se aposentou e agora poderá viver a sua vida”. Com isso, fico pensando o que ele fez nos anos e anos enquanto ele trabalhava loucamente, esperando pelo momento de aposentadoria. Essa pessoa deixou de viver?

Eu concordo, trabalhar é um saco e pode ser tão traumatizante para algumas pessoas que faz com que a gente esqueça da nossa criança interior. Mas eu ainda quero crer que existe vida depois de bater o ponto do trabalho (antes e durante também).

Nem todo mundo terá a chance de ter o emprego dos sonhos, ou se tornar milionário. Talvez aceitar esse destino seja uma das coisas mais difíceis a se fazer, principalmente em um mundo de redes sociais onde vemos “influenciadores” esbanjando vidas invejáveis.

As vezes eu caio numas de pensar o por quê não tive a sorte que esses influenciadores tiveram. E que eles ganham uma grana preta quando professores, por exemplo, ganham uma miséria. Mas infelizmente, essa é a vida, não tem muito o que fazer sobre isso.

Aceitar nossa vida como é, ou como está nesse momento, é um bom passo para pararmos de lutar diariamente com o que precisamos fazer agora. Mas driblar o nosso dia a dia e tentar encaixar uma pequena nova meta, deve ser nosso objetivo final. Até que uma transformação maior aconteça em nossas vidas.

Bem… pelo menos eu acredito nisso agora.

Também gosto de tomar para mim uma frase óbvia e boba que diz: “A insatisfação é o primeiro passo para a mudança”.

Até por que ninguém muda quando está plenamente feliz, e estar plenamente feliz é temporário, como também estar infinitamente triste deveria ser.

Vencendo um dia de cada vez

Dizendo tudo isso, pode parecer que eu tenho toda a minha vida resolvida. Sinto muito se eu te passei essa impressão completamente errada sobre mim.

Têm dias onde eu nem quero levantar da cama. Outros eu não consigo parar quieta. Nenhum dos dois polos é 100% bom o tempo todo. As vezes precisamos da ansiedade para lidar com uma tarefa chata, parar de procrastinar e fazer as coisas acontecerem. As vezes precisamos da calmaria para poder pensar nos próximos passos sem nos arrependermos.

O que você precisa realmente observar é se está tendo muitos e muitos dias em um desses polos. Se esse for o caso, eu recomendo fortemente que você tente procurar ajuda profissional, ou converse com alguém sobre isso.

É normal termos flutuações de humor e pensamentos. Devemos sempre transitar por eles e não fazer uma morada permanente.

É importante se espelhar em pessoas que admiramos e que gostaríamos ser. Acompanhar o que elas fizeram para chegar onde estão, pode ser um bom passo para que você comece a traçar a sua jornada.

Mas lembre-se: só mostramos na internet o que queremos que outras pessoas vejam.

Auto reflexão é importante

Eu sempre tiro um tempo para conversar comigo mesma.

Pode parecer a maior loucura que você já leu, mas eu falo sobre os meus problemas e depois tento me colocar em uma cadeira onde eu mesma me aconselho sobre o que fazer. E isso tem dado certo por muito, muito tempo.

Só você sabe o que sente, e por mais que outras pessoas te falem o quanto você é capaz, uma pessoa boa, inteligente, etc… Se você não colocar isso na sua cabeça, se você não acreditar nisso, nada fará diferença.

Por muito, muito tempo mesmo, eu vivi ouvindo que era péssima. Em todos os sentidos da palavra.

Comecei a refletir comigo mesma o por que as pessoas diziam isso sobre mim. E foi bom pois percebi que em muitos casos elas estavam falando sobre as percepções e expectativas delas sobre as minhas atitudes. Em outros momentos, concordei que eu estava sendo péssima e precisava melhorar.

E essa reflexão faz três coisas conosco:

1- Tira o peso das nossas costas sobre a expectativa que os outros colocam sobre nós;

2- Faz com que a gente perceba realmente onde estão os nossos principais problemas;

3- Você percebe que realmente, não é tão péssima pessoa assim.

Se tem algo que eu posso recomendar para você é a auto reflexão. Seja ela feita num bate papo sincerão com você mesma, ou então escrevendo tópico por tópico.

Mesmo que você seja uma pessoa mais de exatas do que de humanas, escrever mesmo que sucintamente sobre a sua vida, o que você acredita que está bom e o que você acha que pode melhorar, vai te ajudar a traçar melhores objetivos do que ficar tentando sobreviver no escuro.

E depois da reflexão, se você sentir vontade e necessidade, converse com as pessoas à sua volta para falar sobre os seus objetivos e como elas podem contribuir e ajudar você nessas etapas.

Espero que eu tenha te ajudado de alguma forma.

Quem Teve O Surto do Dia

Fabiane Sutiak
Fabiane Sutiak
Eu sou a Fabi! Formada em Marketing Digital, com Pós Graduação em Psicopedagogia. Minha paixão é jogar vídeo games e falar sobre isso aqui no Surto do Dia, no Tiktok e as vezes no Youtube.

9 Replies to “A Crise dos 27 anos e como ela afeta a forma de ver a vida”

  1. Eu precisava muito ler isso. Estou tendo a crise dos 27 (que já imaginava que deveria ser dos 27) com 23/24 e agora que as coisas estão se acalmando, percebo o quão bobo fui de me preocupar com besteira. E eu ainda nem cheguei na idade padrão! Até filho eu já queria adiantar kkkkkkk maldita ansiedade

    1. É muito mais comum do que a gente se imagina. Principalmente por que estamos expostos À muitas outras realidades e é inevitável fazer comparações, sentir uma ponta de inveja ou desejo pela vida de outra pessoa que aparentemente é mais bem sucedida que a nossa. Precisamos ter calma pois entrar nesse looping de pensar demais pode fazer com que a gente não saia do lugar.

  2. Eu gostei e me identifiquei bastante com seu texto. Acho um serviço de utilidade pública, principalmente para pessoas como eu que tem a eterna mania de comparação. Obrigada por esse texto, muito bom mesmo ☺️☺️☺️.

    1. Obrigada pelo seu comentário Denise! É sempre muito difícil escrever sobre os nossos sentimentos e nos expormos na internet. Mas são comentários assim que fazem com que a gente continue falando.

  3. Hoje precisei ter uma conversa mais séria com minha mãe pra ela entender que tenho meus problemas pessoas e minhas responsabilidades, que eu preciso que ela me veja mais como adulta, pois não está sendo fácil tomar decisões tão decisivas, sinto que cada uma delas vai ser importante mais futuramente, e eu preciso que eles compreendam que nem todo dia estou bem, e mencionei a crise dos 27 sem saber que existia mesmo, fui procurar por curiosidade e achei seu artigo, fico aliviada de saber que não sou só eu.

    1. Eu fico feliz que você tenha conseguido falar sobre isso com a sua mãe. Sei que muitas vezes é difícil se abrir, principalmente com uma geração diferente da nossa. É engraçado como essa crise dos 27 anos tem diferentes facetas e atinge as pessoas em diversos âmbitos da vida. Pelo que você comentou, percebo que você já fez uma auto análise sobre a vida e sentimentos e está no caminho certo para entender que está tudo bem não estar bem o tempo todo. É importante respeitar o seu processo sem se colocar na régua das outras pessoas. Boa sorte e conte comigo se precisar!

  4. Sou pai de um filho que terá 27 anos em setembro de 2023. Li atentamente este post e gostei bastante da profundidade. Sou da geração anterior a sua. Penso que a reflexão é que traz verdadeiras mudanças, mas nem sempre estamos dispostos a refletir, porque para alguns, isso significa admitir erros, e para alguns esse é o elemento opressor. O momento em que nos desligamos da adolescência é amedrontador, e nos mantermos ali é cômodo e tentador. Circunstâncias sociais atuais estão criando novas oportunidades para nos manter nessa fase e penso que a nossa sociedade nunca esteve diante de tais combinações, portanto as prioridades, a cronologia dos aprendizados e sacrificios estão diferentes, talvez se movendo. Até mesmo as cobranças estão fora de ordem, e as informações chegam numa velocidade nunca antes vistas. Tenho tido conflitos com meu filho, sobre como considerar os desafios, como priorizar objetivos, como ir em busca das oportunidades, como planejar, mas de fato, não estou nas mesma condições que ele está. Nem mesmo posso dizer se é mais fácil ou difícil. Ler tal post, me deixa esperançoso de que algo diferente está para nascer desta condição única de desenvovlimento virtual e dinâmico. As moças se desenvolvem melhor nesta reflexão, se soltam melhor devido talvez à condição biologica, acrescento ao post. Mas de toda a forma, gostaria de elogiar este seu texto.

    1. Edilson, muito obrigada pelo seu relato. Eu fico feliz em saber que um pai veio aqui ler pois está preocupado com o futuro do seu filho. Não é nem de longe algo que eu esperava acontecer, mas já significa que ele tem um parceiro ao lado dele, e isso é muito importante nesse processo de amadurecimento. Desejo muito boa sorte pra vocês!

  5. Estou passando pela crise dos 27. E começou antes de fazer os 27. Ainda faz 2 semanas que fiz aniversário e toda vez que alguém me pergunta a idade me vem um bloqueio e um silêncio e o 25 costuma sair e depois eu me lembro que não, não são 25.
    Parece que só agora acordei e percebi as os aniversários acrescentam anos e que o tempo passa. Só agora me dei conta disso e tem sido angustiante lidar com essa ideia de tempo e envelhecer. Tenho passado por ansiedade diária e crise de tristeza profunda todos os dias. Procurei ajuda profissional mas ainda vou na minha 4.ª consulta e sinceramente não vi melhorias.
    Queria sentir um conforto em saber que mais pessoas passam por isso e que realmente passa essa sensação e é besteira sentir medo e que já estamos velhos. Mas a verdade é que não consigo mesmo relativizar.
    Curiosamente não fazia ideia que tal coisa existia, essa tal crise. E encontrei o seu artigo.
    Espero ficar bem.
    🙁

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