Metaverso: o que é, e como ele influenciará sua vida

Em 2021, o Facebook sofreu uma mudança de nome de marca, passando a se chamar apenas Meta. Porém, o desejo de Mark Zuckemberg em investir em uma realidade virtual já é antigo, uma vez que em 2014 já havia feito a compra da Oculus VR, empresa que produz óculos de realidade virtual.

A mudança de nome acompanhou a notícia da entrada de Zuckeberg e sua empresa no Metaverso. Trazendo muitas perguntas e ao mesmo tempo animação sobre o futuro da internet.

O que é metaverso?

Imagine um mundo onde você pode criar um personagem, vesti-lo e levá-lo ao trabalho. Este personagem possui seu nome, suas características físicas e também o mesmo emprego que você possui na vida real. Vamos chamar seu personagem de Avatar.

Seu avatar pode participar de reuniões de trabalho com pessoas que estejam em absolutamente qualquer lugar do mundo. Todos reunidos com seus respectivos avatares em uma mesma sala de reunião. A sala possui objetos que podem ser tocados em um ambiente imersivo, ou seja, que parece real.

Após o trabalho, você poderá levar seu avatar para uma viagem, ou até mesmo se encontrar com amigos em um happy hour virtual. Em seguida, todos os avatares dos seus amigos vão assistir à um filme que acabou de estrear no metaverso.

Este mundo, onde podemos escolher um personagem, suas roupas, sua casa e suas próximas ações é muito familiar aos jogadores de videogames. Muitos jogos possuem esta mesma dinâmica oferecida pelo metaverso.

Entretanto, o metaverso é algo mais sério do que apenas um jogo de videogame. Nele, não interpretamos personagens pré-determinados por uma desenvolvedora de jogos qualquer. Estamos controlando nós mesmos em um ambiente virtual, com colegas de trabalho e outras pessoas queridas por nós.

A história do metaverso

Quando falamos de metaverso, muitas pessoas podem pensar que foi Mark Zuckemberg quem cunhou o termo. Porém, é um assunto abordado em diversos livros e filmes, além dos jogos de videogame como citamos anteriormente.

O primeiro livro que aborda o metaverso é Snow Crash, lançado em 1992, onde um rapaz trabalha na vida real como entregador de pizzas, mas no mundo virtual se torna um samurai.

Exemplos de metaverso nos jogos de videogame

Os primeiros jogos a abordarem algo parecido com o metaverso foram Second Life e The Sims. Neles, podemos criar um avatar e escolher personalidade, roupas, acessórios, emprego, interagir com outros e decorar uma casa.

Alguns jogos atuais que já trabalham a ideia de metaverso são: Roblox, Minecraft, GTA Online e Fortnite.

Inclusive, alguns shows aconteceram exclusivamente no metaverso de Fortnite, foram os casos dos cantores Ariana Grande e Travis Scott.

Exemplos de metaverso em filmes

Além do livro Snow Crash, citado logo acima. Algumas outras obras fictícias já abordaram como seria uma experiência no metaverso.

O mais conhecido exemplo de metaverso em filmes é “O Jogador número 1” lançado em 2018 e dirigido por Steven Spielberg. Nele, jovens fogem da dura realidade para o OASIS, um metaverso onde podem ser quem quiserem e fazer o que quiserem.

Porém, alguns outros filmes também já falaram de metaverso. Como Matrix e o filme Gamer.

Como o metaverso vai funcionar?

Atualmente, navegamos na internet através dos smartphones e computadores. Com o metaverso, não iremos navegar na internet, mas sim ser parte da internet.

A ideia é que o metaverso tenha sua própria economia e moedas. Os usuários poderão negociar, vender e comprar objetos, terrenos, acessórios, roupas e até mesmo pinturas digitais.

Todas essas vendas terão um certificado chamado NFT – uma sigla para token não fungível. O NFT de um objeto comprado serve para comprovar que alguém executou uma compra e é proprietário daquele objeto digital.

Hoje, é possível que pessoas consigam ganhar dinheiro no metaverso através das criptomoedas e da tecnologia Blockchain.

Como é um ambiente fictício, quase tudo pode ser inventado. Você só precisará de um óculos de realidade virtual (VR), fones de ouvido e sensores para utilizar nas mãos.

Como o metaverso influenciará sua vida?

O metaverso ainda é uma realidade distante. Ela pode fazer parte da nossa vida daqui uns 5 a 10 anos, uma vez que a tecnologia 5G (utilizada no metaverso) e o preço dos acessórios necessários para o mundo virtual ainda estão fora da realidade de muitos brasileiros e grande parte do mundo.

Muitas discussões sobre privacidade ainda acontecem nos dias de hoje, ou seja, na internet WEB 2.0 fora do metaverso. Com uma realidade virtual, este e outros assuntos deverão ser colocados em pauta antes de entrarmos 100% em um mundo digital.

Além de privacidade, alguns especialistas levantaram a bandeira da quantidade de horas que uma pessoa passará dentro do metaverso. Algo que pode causar vícios e dependência.

Ainda é cedo para prever como o futuro da internet será, mas muitos temas deverão ser pensados antes de partirmos para o metaverso, uma vez que os crimes digitais em um mundo 3D podem ser ainda mais graves do que o que estamos acostumados a ver na WEB 2.0.