Série Drácula Netflix

Drácula – Crítica e Sinopse 1ª Temporada sem Spoilers | Netflix

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A série Drácula, por ter sido construída pelos mesmos criadores de Sherlock, segue por uma narrativa semelhante à série do detetive. 

Entre os mistérios e os contos do Conde, somos apresentados à um protagonista um tanto quanto diferente, já que, assim como o Sherlock Holmes de Benedict Cumberbatch, o personagem principal aqui não é criado para ser uma pessoa legal com quem o público se identifica, mas sim um ser apático que afasta o espectador com sua personalidade. 

De início, o próprio Drácula nem ao menos parece ser o protagonista da série, sendo um mero vilão dentro de uma história, até que pouco a pouco ganha espaço na série e assume o papel principal.

Embora seja uma série e possua apenas três episódios, os capítulos de uma hora e meia transformam a série em praticamente três filmes, por isso, vamos dividir a crítica em três breves análises dos episódios. 

A série Drácula da Netflix começa bem — Sinopse 1º episódio

“As Regras das Trevas”, primeira de três partes da série Drácula, funciona perfeitamente como uma carta de apresentação da nova versão do ser mitológico, que se prova ser uma ótima junção entre o clássico e o moderno. 

Na pele do ator Claes Bang, vemos o Conde como um elo entre a renovação do personagem, mas ainda com traços de suas antigas versões, como a vivida por Christopher Lee por exemplo. 

Mark Gatiss e Steven Moffat, criadores da série, cravam sua marca na trama, assemelhando-a muito à Sherlock. 

O estilo de direção adotado por ambos em Drácula segue exatamente o mesmo formato da série de Holmes, o que é um deleite para aqueles que já a conhecem. 

A precisão de ambos aos detalhes, nos planos de filmagem e de seus zooms e nos quase imperceptíveis slow motions agregam muito na qualidade dos episódios. 

O formato que adotam para entregar a história, por meio do relato de uma vítima do vampiro, é funcional e casa com tudo que é preciso ser feito no primeiro episódio. 

É através dessa escolha de narrativa que Gatiss e Moffat conseguem introduzir seu Drácula, apresentar seus personagens, consolidar sua trama e ainda explicar os poderes (novos e antigos) e as mitologias que envolvem o vilão.

Os personagens da série Drácula — Sinopse 2º Episódio

Passando para “Sangue a bordo”, segundo capítulo da série, temos uma dinâmica bem pensada de continuidade entre o primeiro e o segundo episódio que se agrava no mistério simples mas eficaz do capítulo dois. 

Dolly Wells, que aqui interpreta a imponente freira Agatha Van Helsing, cativa em sua atuação firme, mostrando sempre inteligência e autoridade em suas cenas. 

Com uma personalidade forte desde o episódio um, Wells entrega uma verdadeira entrevista com o vampiro no segundo capítulo, esbanjando uma química natural com Claes Bang em seus diálogos de frases feitas.

O segundo capítulo trabalha com uma narrativa ainda mais semelhante com Sherlock, mergulhado em uma trama de mistérios que se mostra bem interessante mesmo quando o próprio espectador conhece o culpado pelos crimes. 

Ao término do episódio, nos tornamos mais próximos do protagonista, conhecendo-o mais, finalizando com mais um ótimo conto do Conde Drácula que agora parte para um caminho mais ousado na trilha do vampiro. E é aí que começa a desandar…

Por fim, o último episódio da série Drácula deixa a desejar (sem spoilers)

Não vou revelar spoilers, é claro, mas o terceiro episódio de Drácula, intitulado “Bússola Sombria”, opta por um caminho ousado, diferente e, como descobrimos mais tarde, completamente errado. 

Depois de dois capítulos imersivos e gratificantes, o episódio final de Drácula desanima em tal proporção que nem ao menos se parece com a série que conhecemos até ali, como se fosse um capítulo aleatório de uma produção distinta sobre um vampiro qualquer.

A última uma hora e meia de Drácula se estende num extremismo desnecessário vindo dos roteiristas que tentam modernizar ainda mais o Conde, tornando-o quase que um episódio fajuto da série Lúcifer. 

“Bússola Sombria” não tem coração e enche a tela de personagens secundários superficiais que apenas tentam tirar o protagonismo do vilão, mas falham em um total desperdício do mesmo. 

As ideias inovadoras relacionadas à mitologia de Drácula são o pouco que se salva do episódio final, porém se tornam mínimas em comparação ao restante do roteiro.

Vale a pena assistir Drácula?

A série Drácula da Netflix é uma aposta boa e inovadora que tinha tudo para dar certo, uma lástima Mark Gatiss e Steven Moffat, já conhecidos por errarem rude em outras séries como Doctor Who, adotarem mais uma vez escolhas defeituosas no último episódio. 

A série Drácula terá 2ª temporada?

Depois do fim trágico e contestável que deram à série, é pouco provável que a mesma retorne para uma segunda temporada. Todavia, não é um total desperdício de tempo e vale a pena conferir, em especial àqueles já fãs de Sherlock.

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Quem Teve O Surto do Dia

Juliana Santos
Juliana Santos
O surto acima foi escrito por Juliana Santos, formada em Publicidade e Propaganda e entusiasta do marketing digital. Sou apaixonada por animações, inclusive, Moana é a melhor animação da Disney e só minha opinião importa! hahaha… Amar viajar é um traço que meu signo proporciona. Como uma boa sagitariana, amo estar na estrada, ainda mais se o destino for praia, cachoeira, chácara ou sítio. Aquele pé no mato que a capital São Paulo não proporciona rsrs

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