Por que Dietas Malucas e Restritivas Não Vão Te Fazer Feliz?

Um novo estudo da Universidade de Harvard, publicado pela JAMA Internal Medicine, constatou que reduzir drasticamente o consumo de gorduras e de carboidratos pode prejudicar a saúde do indivíduo e aumentar o risco de morte. Isso significa que muitas das dietas malucas que vemos por aí não são as melhores opções para ter uma vida mais saudável. 

Quais são os malefícios das dietas radicais?

Qualquer dieta sem um acompanhamento nutricional pode trazer prejuízos para a saúde, é o que diz a nutricionista da Clínica NutriCilla, Juliana Belmont (@nutrijulianabelmont).

“Os desequilíbrios de macro e micronutrientes podem gerar diversas consequências para o organismo e sistema imunológico, entre elas a fraqueza, falta de concentração, queda de cabelo, irritabilidade, desmaios e outras”, completa.

Além disso, a especialista ainda alerta para efeitos mais preocupantes, como resistência insulínica, compulsão alimentar, síndrome metabólica, alterações no ciclo menstrual, anemia, aumento da ansiedade, entre outros.

• Veja alimentos para diminuir a ansiedade e o estresse.

Então, como emagrecer e ter uma vida saudável sem o uso de dietas malucas?

Conforme o estudo publicado pela Universidade, as dietas malucas podem causar efeitos preocupantes para a saúde, mesmo que traga resultados estéticos a curto prazo. 

Dessa forma, se privar de comer alimentos que gosta não irá trazer a felicidade que você procura. Isso pode causar não somente problemas físicos de saúde, mas também psicológicos. 

A sociedade em que vivemos ainda, infelizmente, impõe muitos padrões de beleza inatingíveis. E a desconstrução destes estereótipos não ocorre da noite para o dia. 

Mas é indiscutível que manter uma dieta equilibrada é a melhor opção para quem quer benefícios a longo prazo. Afinal, o mais importante é cuidar da nossa saúde. Mas como fazer isso de forma responsável?

Segundo a nutricionista, a melhor opção sempre é a reeducação alimentar e o acompanhamento com um especialista. “A reeducação alimentar não é momentânea, já que inclui mudanças de hábitos e, consequentemente, pensando a longo prazo, é mais eficaz para um resultado duradouro — além de ser possível de ser mantida.”

Como ser saudável sem deixar de comer o que gostamos?

Juliana comenta que, para isso, primeiramente, é necessário começar um acompanhamento nutricional baseado em suas individualidades bioquímicas. 

“O principal foco de uma reeducação alimentar é justamente melhorar a relação da pessoa com a comida, mostrando que existem alimentos saudáveis, mas que também são gostosos”, comenta.

Algumas dicas básicas incluem: aumentar a ingestão de frutas, legumes e verduras, buscando variar a alimentação, além de estabelecer uma rotina alimentar — desde a compra e formas de preparo até os horários para se alimentar e as refeições livres.

O principal é manter um equilíbrio e não excluir nenhum alimento das refeições, porém balanceando a quantidade e ingerindo o necessário para cada indivíduo. 

Faça trocas inteligentes em sua alimentação

Você não precisa excluir totalmente certos alimentos da sua dieta, mas pode fazer algumas trocas inteligentes, como:

• carboidratos refinados por carboidratos integrais — pães e biscoitos feitos com farinha branca possuem um alto índice glicêmico, trocando pela farinha integral, além de diminuir esse índice, ainda há um aumento na quantidade de fibras e, consequentemente, elevação da sensação de saciedade;

• achocolatados por cacau em pó — ricos em açúcares, os achocolatados fazem mal à saúde. Troque pelo cacau em pó que é antioxidante e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares;

• açúcar refinado por açúcar mascavo — o primeiro é rico em calorias e pobre em nutrientes. Já o mascavo ou demerara oferecem alguns nutrientes a mais, por conta do processo de refinamento ser mais leve.

Assim, você não precisa fazer dietas malucas e cortar totalmente certos alimentos de sua vida. É possível, sim, comer pães e doces, por exemplo, mas de maneira mais saudável e consciente. Porém, lembre-se que o consumo deve ser moderado e qualquer dieta deve ser feita com acompanhamento médico. 

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