Deficiência de zinco — sintomas, causas e como repor a falta de zinco no organismo

A deficiência de zinco no organismo acomete 30% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sabendo que esse é um mineral fundamental para a imunidade, é importante entender os sintomas, as causas e como repor a falta de zinco no corpo.

Neste texto, você verá:

• qual a função do zinco no corpo humano;
• o que causa deficiência de zinco;
• sintomas da deficiência de zinco no organismo;
• como repor zinco no organismo.

Qual a função do zinco no corpo humano?

O zinco é um mineral que atua em processos fisiológicos do organismo, participando do desenvolvimento cognitivo e combatendo os radicais livres. Ele funciona como um mediador para manter a imunidade do corpo normal contra micro-organismos e infecções no corpo.

“Quando os níveis de antioxidantes não são suficientes para compensar os efeitos nocivos dos radicais livres, acontece o estresse oxidativo, associado a mais de duzentas doenças diferentes”, explica o Dr. Luís Carlos Sakamoto, doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e professor responsável da ginecologia da Faculdade de Medicina do Centro Universitário das Américas.

O que causa deficiência de zinco

A deficiência de zinco pode ser causada por diversos fatores, como:

• estresse;
• idade;
• alimentação inadequada ou desnutrição;
• excesso da prática de exercícios físicos;
• diabetes;
• gravidez;
• artrite reumatoide;
• alguns antibióticos, como tetraciclina e quinolona.

Sintomas da deficiência de zinco no organismo

Segundo o Dr. Luís Carlos Sakamoto, alguns dos principais sintomas da falta de zinco no organismo são:

• falta de apetite;
• enfraquecimento de unhas e cabelos;
• dificuldade de cicatrização;
• baixa imunidade;
• manifestação de diversas infecções.

Como repor zinco no organismo?

O zinco não é produzido pelo nosso próprio organismo, mas pode ser encontrado em alguns alimentos que são fontes animais e vegetais. Segundo o especialista, são eles:

• amendoim;
• amêndoa;
• camarão;
• carne vermelha;
• castanhas;
• chocolate amargo;
• feijão cozido;
• grão-de-bico;
• ostras;
• sementes de abóbora;
• noz-pecã;
• ovos;
• shitake;
• gergelim;
• lentilha.

Porém, é importante lembrar que tudo em excesso também não faz bem!

A recomendação de ingestão diária de zinco varia de acordo com a fase da vida, mas, de modo geral, o ideal é que o teor do mineral no organismo esteja entre 70 e 130 mcg/dL de sangue.

Outra opção de reposição da falta de zinco é contar com o auxílio da suplementação de polivitamínicos e poliminerais. Segundo o médico, opte por aqueles que entreguem dosagens de até 30 mg de zinco elementar.

“Para potencializar a ação antioxidante o ideal é ter uma combinação de vitaminas hidrossolúveis (como a vitamina C), lipossolúveis (betacaroteno e vitamina E, por exemplo) e outros oligoelementos além do zinco, como cobre e selênio. Todos juntos potencializam a ação antioxidante necessária no combate aos radicais livres”, completa.

Além disso, durante a pandemia da COVID-19, ouviu-se muito por aí que o zinco ajudava a evitar o contágio da doença, porém, segundo o especialista, não existem evidências científicas que comprovem a proteção contra o coronavírus por meio do uso do mineral.

“A reposição de zinco deve ser feita com avaliação e prescrição médica para receber o monitoramento adequado, por meio de exames específicos, e, assim, obter a dose necessária de vitaminas e minerais para o organismo”, finaliza Dr. Salamoto.

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