Jogar Far Cry 3 é uma experiência altamente recomendada até mesmo para aquelas pessoas que não gostam de jogos estilo tiro em primeira pessoa.
Quer saber o porquê? Vem comigo que eu te conto!
Far Cry 3 e sua incrível jogada de Marketing
Eu nunca tinha visto uma estratégia de marketing para jogos antes. Mas quando conheci Vaas – o vilão de Far Cry 3 – através dos vídeos no Youtube, eu sabia que estava diante de algo grande.
Imagine o cenário, você é do setor de marketing da Ubisoft e te jogam uma bomba no colo: ressuscitar uma franquia que estava fadada ao fracasso. O que você faria?
Eu estava no meu primeiro semestre de Marketing quando comecei a jogar Far Cry 3 no meu Xbox 360. Foi quando eu me deparei com algo tão grandioso, que até tentei fazer dele a minha iniciação científica.
Até hoje não entendo como meus professores não aceitaram a iniciação científica sobre Far Cry 3… Mas o que eu pesquisei e descobri naquelas semanas, mudou minha vida por completo.
Um jogo focado no vilão
Sim, você é um personagem marcante, mas olha este cara. Sim este cara que vai te perseguir e querer te matar. Ainda não está convencido de que ele é incrível?
Recomendo você procurar no Youtube os vídeos das propagandas que foram feitas sobre Vaas Montenegro. Simplesmente um dos vilões mais bem trabalhados da história dos jogos.
Foram lançados uma série de pequenos vídeos que mostravam o dia a dia de Vaas em uma ilha. O dia a dia envolvia diversas torturas que Vaas fazia com os “visitantes” da ilha. Os visitantes são turistas que acabaram indo visitar o lugar errado e acabaram sendo escravizados e torturados por Vaas.
A série de vídeos termina com Vaas sendo chamado pois um grupo de amigos está pulando de paraquedas em uma região da ilha. Vaas é chamado para “dar um jeito nisso”. E é assim que começa o jogo!
Sobre a história de Far Cry 3
Controlamos Jason, que faz parte do grupo de amigos que viajava pela ilha e estava pulando de paraquedas no exato momento em que tudo deu errado.
Jason está acompanhado de seu irmão mais novo, seu irmão mais velho, sua namorada e dois amigos. Todos são capturados por Vaas e seus capangas.
O jogo já começa com uma cena extremamente tensa mostrando Jason e o irmão mais velho acorrentados dentro de uma jaula. Grant, o irmão mais velho de Jason, é um ex militar e parece ser a nossa única salvação para escapar das mãos de Vaas.
Ele até ajuda Jason a fugir da jaula, mas acaba sendo morto por Vaas durante a fuga. Jason se vê sozinho em uma ilha desconhecida, tendo que procurar seus amigos enquanto escapa das mãos de Vaas e seus capangas.
Sobre Jason Brody
Assim como todo irmão do meio, Jason Brody parece perdido quando pensamos em seu futuro. Com uma namorada que diz o que ele deve fazer, um irmão mais velho ex militar e muito querido e um irmão mais novo mais “encaminhado” na vida que ele. Não temos mais muitas informações sobre o Jason de antes do incidente com o paraquedas.
O que sabemos é quem Jason deve se tornar a partir do momento em que ele decide resgatar seus amigos e vingar a morte de seu irmão mais velho.
Com a ajudar de um povo local da ilha, os Rakyat, Jason descobre um propósito de vida: salvar seus amigos, dominar a ilha e tirar o poder de Vaas de uma vez por todas.
Com o tempo, Jason descobre sua vocação para matar e liderar. Ganhando uma tatuagem a cada nova habilidade que desenvolve.
Vaas e a definição de insanidade
Não há dúvidas de que Vaas é insano. As torturas, a forma de matar e, principalmente, a forma como ele quer dominar a ilha e escravizar a todos que não o obedecerem, são sinais de insanidade.
Porém, a frase de Vaas sobre insanidade todas as vezes que ele tenta matar Jason e não consegue é uma das cenas mais emocionantes e marcantes de Far Cry 3.
“Alguma vez eu já te disse qual a definição de insanidade? Insanidade é fazer exatamente as mesmas coisas, várias e várias vezes, esperando que isso mude. Isso é loucura!”
E é exatamente isso que Vaas faz, várias e várias vezes com Jason. Tenta matá-lo por diversas vezes e não consegue.
Far Cry 3 e os dois finais
Eu não estava tão familiarizada com jogos de finais alternativos quando joguei Far Cry 3 pela primeira vez. Então quando cheguei ao final do jogo, minha cabeça simplesmente explodiu.
Eu tinha que decidir o destino de Jason, mas não somente isso. Teria que decidir o destino dos meus amigos também.
A primeira vez que joguei Far Cry 3, confesso que tomei a decisão errada e tive o final ruim. Mas jogando pela segunda vez, pude assistir ao final bom, onde Jason vai embora da ilha.
Mas eu não posso evitar de questionar se – depois de tudo que ele passou e descobriu sobre si – era isso mesmo que Jason queria? Sair da ilha? Voltar a viver a vida medíocre dele?
Por isso eu não gosto de considerar um final bom e outro ruim, acho que o jogo deixa isso bastante relativo. Apesar de em pouquíssimos momentos abordar esse questionamento, deixando ele mais nas entrelinhas.
Jogabilidade de Far Cry 3
Para a época, considero que Fr Cry 3 tenha alguns problemas técnicos em relação ao modo primeira pessoa. À primeira vista, tudo parece muito estranho. Jason parece ter braços minúsculos, além da mira das armas ser uma piada com uma sensibilidade prá lá de esquisita.
Acho que depois de algumas horas de jogo você até acaba se acostumando com a mira, mas a primeira pessoa do jogo continua causando estranhesa até o final do game.
Os botões funcionam bem, com uma mecânica muito bem feita de modo furtivo, onde você pode marcar os inimigos e decidir como vai atacá-los.
A inteligência artificial peca um pouco, mas não é nada absurdo que atrapalhe a dificuldade do game.
A roda de habilidades e a roda de armas é muito bem feita e bem explicada. Como falei anteriormente, a cada nova habilidade, você ganha uma nova tatuagem.
As missões não são repetitivas, apesar de parecerem em um primeiro momento. A cada nova missão você descobre uma nova informação importante que vai te levar ao final do jogo.
Também temos uma vasta opção de missões secundárias que nos possibilita caçar, libertar reféns, habilitar tores de rádio e entregar remédios e mantimentos para os locais da ilha.
No jogo podemos andar, voar de wingsuit, voar de paraquedas, andar de quadriciclo, andar de carro, nadar e dirigir barcos e jet-skis. Porém, dirigir em Far Cry 3 é um tanto quanto difícil e desprazeroso.
Também é possível mergulhar e explorar o mar, além de enfrentar tubarões.
Para habilitar mais espaço na sua mochila e carteira, será necessário caçar animais terrestres e marinhos.
A quantidade de armas brancas, explosivos e armas de fogo é grande. Isso possibilita você escolher qual será a melhor abordagem em cada missão.
Vale a pena jogar Far Cry 3 atualmente?
Alguns jogos envelhecem tão mal que fica impossível simplesmente aceitá-los. Este não é o caso de Far Cry 3!
Jogar Far Cry 3 é quase que obrigatório para pessoas que se consideram gamers e que estejam a fim de conhecer um pouco mais sobre a história e desenvolvimento de jogos como um todo.
Far Cry 3 trás novas mecânicas para a mesa. Tais mecânicas são usadas até hoje nos jogos mais atuais, como o modo furtivo e a opção de marcar inimigos de Days Gone, por exemplo.
Além das novas mecânicas, Far Cry 3 também é um case de sucesso no mundo do marketing dos games. Uma vez que conseguiu recuperar o prestígio de uma série que estava prestes a falir com o insucesso de Far cry 1 e 2.
Considerado o melhor Far Cry de toda a franquia, Far Cry 3 é lembrado ainda nos dias de hoje por apresentar o melhor vilão dos games. Sendo um jogo obrigatório para se ter nas prateleiras nos dias de hoje e futuramente.
Far Cry 3 GamePlay completa
Pra quem não sabe, eu tenho um canal na Twitch! Comecei a jogar a franquia Far Cry para conhecermos a história de todos os jogos enquanto esperamos ansiosamente a chegada de Far Cry 6.
Também estou colocando toda a Gameplay de Far Cry 3 no Youtube para que outras pessoas possam assistir. Você pode conferir o primeiro vídeo aqui embaixo:
O que achei de Far Cry 3?
Tive a oportunidade de jogar Far Cry 3 e zerar duas vezes. A primeira vez, eu tinha gostado da história, achado emocionante o fato de um vilão me deixar completamente arrepiada e na expectativa do nosso próximo encontro. Já a segunda vez, eu me senti mais imersa no jogo. Eu estava mais confiante em caçar, atirar, matar furtivamente. Além de estar mais a vontade com as habilidades e armas que o jogo me oferecia.
Senti que a minha jornada no jogo – pela segunda vez – acompanhou melhor a jornada de Jason Brody. Enquanto ambos descobríamos o nosso propósito e a cada passo nos tornávamos mais integrantes da ilha Rook.
Uma coisa que eu gostei muito em Far Cry é que não começamos jogando com um herói, mas acompanhamos Jason se tornar um. Melhorando a forma como ele atira, como ele fica confiante de que tudo vai dar certo.
A forma como sentimos que fazemos parte da ilha, dos Rakyat e da história como um todo, mostra que a Ubisoft teve um cuidado especial na criação de Far Cry 3.
Quem Teve O Surto do Dia
- Eu sou a Fabi! Formada em Marketing Digital, com Pós Graduação em Psicopedagogia. Minha paixão é jogar vídeo games e falar sobre isso aqui no Surto do Dia, no Tiktok e as vezes no Youtube.
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